• Dicas para fazer com que o seu bebê se sinta acolhido nos primeiros meses de vida

    Segundo essa teoria, o primeiro trimestre do bebê fora do útero pode ser considerado parte da gestação. A blogueira, doula pós-parto e mãe Lily Fontana explica como preparar seu bebê para o mundo de forma mais tranquila

    O bebê nasce e já passa a entender que está fora do útero, certo? Errado! O processo de compreensão ao meio do bebê leva meses e se nós aprendermos a respeitar e favorecer isso, seu bebê provavelmente será muito mais calmo e feliz. Normalmente esse período inicial leva uns 3 meses, podendo se estender mais ou não e é aí que se encaixa a exterogestação.

    Exatamente como você leu. A gestação feita fora do útero. Ou seja, simular situações que lembrem o pequeno daquele espaço quentinho e aconchegante que era a barriga da mamãe. Sabe quando você come aquela comidinha especial da infância e se sente feliz? Imagine então esse bebê que em pouco tempo foi obrigado a nascer e frequentar um lugar mais frio, com barulhos esquisitos, sem entender muito bem do que se passa com ele.

    Amamentação em livre demanda: conforto físico e emocional para o recém-nascido

    Podemos começar então falando sobre a amamentação em livre demanda especialmente nesse período. O bebê no útero não sentia fome, ele recebia tudo que necessitava diretamente do cordão umbilical que o ligava a mamãe. Esse cordão foi cortado ao nascer e um dos elementos que o liga a mãe fisicamente e literalmente é a amamentação. Ela dá ao bebê saciedade física e também emocional e o deixa mais próximo do seu último lar.

    Carregar o bebê em um sling o faz lembrar da barriga da mãe 

    Outro fator é esse contato pele a pele com a mamãe. Se der para ser literalmente, melhor. Porém podemos falar também do contato do carregar! Um bebê carregado num sling, por exemplo. Ele fica numa posição aconchegante, semelhante ao útero e sua cabecinha fica na altura do coração, lembrando o barulho que ele ouvia. Isso também o faz sentir o movimento que a mãe fazia e que ele já está tão acostumado e a manter temperatura agradável! Realmente essa ferramenta é uma das que mais consegue unir os elementos da exterogestação.

    Enrolar o bebê em uma mantinha faz com que ele se sinta mais confortável 

    Sabe aquele charutinho que a vovó adorava fazer nos bebês para acalmá-los? Aquele que pega uma mantinha e dobra o bebê todinho? Ele também ajuda muito o bebê a se sentir confortável, já que no útero ele tinha pouco espaço e uma limitação de movimento. Claro que o ideal é estar sempre por perto para evitar que alguma parte da mantinha se solte e fique no rostinho do bebê. Também não esqueça de respeitar a temperatura, nada de mantas quentes em dias de verão, por exemplo.

    Reproduzir sons que lembrem o barulho do útero acalmam o bebê 

    Os sons que lembrem o espaço intra-uterino também são muito bem-vindos. Não é a toa que eles se acalmam ao ouvir um aspirador, secador ou coifa, esse “shhh” é semelhante ao que ele está acostumado e o acalma. Você pode usar a boca para fazê-lo ou buscar “White noises” ou ”sons do útero” na internet que logo encontrará muitos para escolher.

    Banho de balde e balanço de rede tranquilizam o recém-nascido

    Outras opções são movimentos como o de rede ou balanço no colo e até um belo banho de balde, que o bebê fica imerso na água quentinha só com a cabeça de fora, em uma posição mais encolhida, bem semelhante a barriga da mamãe. Aliás, o contato com a água pode ser muito tranquilizante para o bebê e você pode aproveitar desse momento para criar vínculo, para tranquilizá-lo e quem sabe, iniciar uma rotina de relaxamento antes do sono!

    Lily Fontana: blogueira, doula pós-parto, consultora em aleitamento materno e instrutora de shantala!

    https://www.lilyfontana.com/