• A vida e os preconceitos enfrentados pela mãe de uma criança com síndrome de down

    Ana Castelo Branco é publicitária e mãe de duas crianças: Mateus e Helena. Em sua palestra no 5º Seminário Pais & Filhos, Ana fez revelações sobre ser mãe de uma criança com síndrome de down e todos os preconceitos, muitas vezes velados, que Mateus sofre. No início do bate-papo Ana contou que muitas pessoas se sentem constrangidas com a condição de seu filho e deixa claro: "meu filho tem síndrome de down, ponto, acabou". Ela explicou que os termos ideais para usar são "síndrome de down" e "trissomia do 21" e que evita o uso da palavra "especial", afinal, sua filha, Helena, e todas as crianças são especiais. 

    Não é só esse estigma de ser "especial" que pessoas com síndrome de down carregam. É comum que Mateus seja tratado no plural, como se representasse todas as pessoas com trissonomia do 21, enquanto Helena é sempre tratada no singular. "A síndrome de down não pode ser maior do que a pessoa", explica Ana, citando situações comuns de constrangimento: "Ah, eles são tão simpáticos. Se o Mateus chorava: são tão sensíveis. Se ele não fazia nada: são tão carinhosos".

    Além disso, muitos a abordam comentando sobre o grau da síndrome em Mateus ser leve, o que é um mito. Já que a trissonomia é a presença de um coromossomo a mais no cromossomo 21, essa alteração aparece em todas as pessoas com síndrome de down, portanto não existem níveis diferentes. No entanto, mesmo com todas as dificuldades, Ana nota que pessoas com a síndrome estão sendo tratadas com mais igualdade, na mídia e fora dela, e acredita que o acesso à informação tende a dar mais visibildade para essas pessoas ajudando na questão do preconceito.

    Ana conversou com o Blog da Infanti e contou um pouco mais sobre suas experiências. Assista: