• Primeiro dia de escola: mais ‘sofrido’ para mãe ou para o filho? A mamãe Crislene Duarte conta pra gente como driblou a insegurança.

    Quase três anos se passaram e minha filha nesse tempo foi somente minha, sempre vivendo sob minhas asas, minha proteção. Então foi chegada a hora de escolher uma escola ideal. Confesso, eu estava muita apreensiva, pois na nossa cabeça de mãe, somente nós protegemos nossos filhos. Como é difícil liberar os filhos para o mundo.

    Escolha feita, tudo resolvido e chegou o dia tão esperado. Eu estava mais assustada do que ela! Minha filha toda feliz com o uniforme, material e eu tratei de registrar logo esse momento... Porém eu estava com um nó na garganta e me segurando para não chorar. Chegamos lá e fomos muito bem recebidas. Para minha maior surpresa ela nem chorou, me deu tchau e entrou firme e decidida. Eu saí aflita e ao mesmo tempo feliz. Estava deixando nas mãos de pessoas até então desconhecidas meu maior tesouro.

    Torci para as horas passarem voando e, enfim, quando fui busca-la, me deparei com ela, um sorriso lindo, chupando um picolé e vindo em minha direção cheia de novidades para contar. Mais tranquila, fui me adaptando dia após dia, pois vi o quanto a escola e este maravilhoso mundo novo estavam fazendo bem a ela. Duda fez vários amiguinhos, a professora virou sua confidente, e eu também ganhei a amizade das outras mães. Criamos um grupo muito harmonioso, que vai além da escola. Volta e meia marcamos um almoço na casa de uma de nós, ou um passeio com as crianças, que é sempre uma festa.

    Sei que cada dia é um aprendizado, uma nova história para contar. Vejo nitidamente as evoluções, e ela se tornando mais e mais responsável. Hoje estou com o coração mais leve e feliz, de ver que todo esse processo valeu muito a pena. Entendi que crescer é ir de encontro à vida e aprendi que a vida não se resume somente a mim e ela. Hoje ela criou asas para ir ao encontro do novo. E está sendo delicioso acompanhar essa viagem de perto.

    Crislene Duarte é dona de casa e mãe de Maria Eduarda, de cinco anos.

    A Infanti incentiva mães e pais a compartilharem suas histórias. As opiniões publicadas neste texto são pessoais e não necessariamente representam a visão da Infanti.